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8 princípios básicos a considerar no cuidado da pele!

Foto do escritor: Joana PretoJoana Preto

É importante sermos consumidores conscientes e informados, o que nos torna responsáveis e ativos no processo do autocuidado da pele quando se procuram produtos cosméticos.


Conhecer a pele é fundamental, isto é, as suas necessidades e características, bem como propósito dos produtos a usar. Mas antes de passar à prática, deixo aqui alguns aspetos relevantes para boas escolhas e boas utilizações!

1. Os séruns fazem parte de muitas rotinas de cuidados com e pele. É certo que alguns estão em embalagens pump, mas muitos vêm em pipetas. É importante entender que as pipetas são dispensadores, não são aplicadores!


Como usar? Deixar cair as gotas do produto na mão, na quantidade necessária para a área de pele a aplicar. Aplicar a pipeta diretamente no rosto não é boa prática pelo risco de contaminação do produto que está dentro do frasco.





2. Vemos muitos vídeos sobre a capacidade antioxidante de um produto com base em experiências com alimentos... Podemos confiar? Não. É de facto aliciante. Há 10 anos atrás quando os primeiros séruns antioxidantes foram lançados no mercado assisti à apresentação de um deles, em que a pessoa que representava uma determinada marca colocava umas gotas do sérum em cima de um gomo de maçã descascada, que obviamente não oxidou tão rapidamente quanto a outra que estava ao ar e sem sérum antioxidante aplicado. Mas ainda continuamos a ver esta prática de experiência, bem como as "batalhas de produtos" - qual o melhor antixodante? E a maçã continua a ser a cobaia.

O stresse oxidativo na nossa pele depende da nossa exposição a factores exógenos e endógenos, que em última análise promovem a libertação de espécies reactivas de oxigénio, culminando na oxidação das células, aspeto que a longo prazo traz alterações na estrutura e função das mesmas. Por outro lado a forma como uma maçã cortada não escurece tão rapidamente após terem sido colocadas gotas de um sérum antioxidante, deve-se ao pH ácido do mesmo, além das suas características antioxidantes. Ainda assim, não é seguro extrapolar resultados de uma experiência numa fruta para a pele humana. Os testes de qualidade são laboratoriais, não caseiros.


3. Lavar a pele do rosto durante o banho pode ser cómodo e prático, mas se o evitar fará melhor pela sua pele. Porquê? No banho a água tende a ser mais quente, aspeto que pode deslipidar a pele com maior facilidade, e que pode ser potenciado com o uso conjunto da ação detergente do produto de limpeza.


Além disso, a pele não só pode ficar mais seca, como também mais sensibilizada e reativa aos cuidados subsequentes.







4. A desmaquilhagem dos olhos deve ser suave e paciente.


O ideal é colocar o produto desmaquilhante num disco, e depois encostar o disco às pestanas e pálpebras. Esperar uns segundos e depois deslizar suavemente o disco para baixo e para fora, no sentido do crescimento das pestanas.

Aplicar força e esfregar pode ser traumático para o olho, para as pestanas e para a pele. Quando a pressão exercida é muita, algumas pessoas podem ficar por breves segundos com a visão turva, aspeto que pode ser perfeitamente evitado.



5. Usar proteção solar diária, no interior e exterior, todos os dias do ano, é uma questão preventiva da saúde da pele! A radiação ultravioleta B é responsável pelas queimaduras solares, e a radiação ultravioleta A tem efeitos a longo prazo no fotoenvelhecimento da pele.



6. A pele com fototipo alto necessita de ser protegida do sol. Não porque a pele é mais pigmentada que não queima. A maior quantidade de melanina não é um escudo impenetrável da radiação ultravioleta. Por isso, se tem pele escura, o protetor solar deve fazer parte do seu cuidado diário.


7. Não usar esfoliação física em borbulhas inflamadas! Esta é uma regra de ouro, mas por algum motivo não fundamentado a ideia que se perpetua é a contrária.


Porque não o deve fazer? A fricção tende a piorar a inflamação, não melhorando nem resolvendo a causa. Outra regra é: não usar esfoliante diário! A utilização recorrente de esfoliantes danifica a barreira cutânea, desidrata-a e pode levar a alterações da microbiota. Use um produto de limpeza adaptado ao seu tipo de pele; se não souber escolher procure ajuda de alguém especializado. Deixe o esfoliante físico para quando for possível e necessário!



8. Saber identificar greenwashing é fundamental para fazer escolhas informadas!

. Natural não é sinónimo de sustentável!

. Não existe beleza limpa (clean beauty), porque não existe beleza suja!

. Não existem produtos sem químicos!


Estas podem ser algumas alegações que lê e que podem inclinar para a escolha de um produto em detrimento de outro. Mas saiba que qualquer uma destas alegações não tornam um produto melhor, nem pior. Isto é apenas greenwashing. O uso da cor verde também tende a fazer parecer um produto "mais natural" ou "melhor", mas a cor não passa da cor e que em nada deve ser critério de escolha da qualidade.



A pele agradece!


Obrigada por ler!

Joana

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