Nota: este artigo é feito com apoio da LAZARTIGUE.
Pintar o cabelo durante os tratamentos oncológicos - sim ou não?
A resposta não é fácil e não é direta! Não posso dizer "sim, pode pintar", ou "não, não pode pintar". Esta questão coloca-se frequentemente após o término dos tratamentos, numa altura em que o cabelo volta a crescer, e em que muitas vezes apresenta diferenças na forma e cor originais - sim, isto pode acontecer!
Mas durante os tratamentos também surge esta questão, pois existem protocolos de tratamento que levam a uma queda do cabelo abrupta e total, ao passo que outros protocolos provocam uma queda parcial. Nestas situações, compreende-se a importância de querer manter o cabelo cuidado e pintado. E quando existe esta vontade é essencial avaliar o estado do couro cabeludo, em termos de sensibilidade e alterações, já que se trata de pele e pode apresentar reações adversas decorrentes dos tratamentos em causa.
Em ambas as situações, no durante ou após, saiba que existem produtos de coloração capilar com boa tolerabilidade, sem amoníaco, PPD e óleos minerais, que podem ser uma opção em caso de couro cabeludo sensível, como as tintas de coloração capilar de LAZARTIGUE.
Mas antes de proceder à pintura, em casa ou num cabeleireiro, é boa prática testar o creme de coloração atrás da orelha e esperar 48h para avaliar possível reação.
Este kit traz um sérum Profissional Pré-Coloração (1), enriquecido com leite de arroz e extrato de óleo meadowsweet para proteger a fibra capilar durante a coloração, otimizar a absorção da cor e impulsionar a nutrição. Pode finalizar com uma máscara nutritiva (2), rica em óleo meadowsweet e leite de arroz.
É igualmente recomendado o aconselhamento com a equipa que o segue, pois melhor que ninguém saberão avaliar!
Em seguida deixo um glossério com algumas explicações relevantes, nomeadamnte de palavras que não sejam familiares.
Espero que este conteúdo lhe seja útil, independentemente de ser pessoa com doença oncológica, cuidador informal ou profissional de saúde!
Glossário:
Amoníaco: é um ingrediente usado nas fórmulas de coloração com o objetivo de abrir a camada das cutículas do cabelo, o que permite a penetração da coloração no fio de cabelo. O problema do amoníaco não está no produto em si, mas sim nos vapores nocivos libertados durante o processo de coloração, e que em algumas pessoas pode ser sensibilizante. As tintas LAZARTIGUE não utilizam amoníaco mas sim um derivado, com maior tolerabilidade e menor dano à fibra capilar.
PPD: PPD ou parafenilenodiamina é um tipo de corante presente em colorações, e algumas tintas para tatuagens, que permite a eficácia da cobertura da superfície. Porém, como esse componente pode causar alergias, o Comité Científico da União Europeia estabeleceu que o nível de concentração PPD permitido é de 2% (na mistura que está pronta para aplicação). Entretanto, para quem já tenha alergia a PPD, mesmo um produto tendo menos de 2% do item na composição, pode acarretar reações de sensibilidade. Contudo nem todas as pessoas são sensíveis a PPD, mas quando de sabe previamente que a pele (e couro cabeludo) possa estar sensibilizada, é boa prática evitar.
Alguns exemplos de reações de sensibilidade cutânea que podem surgir perante PPD:
a)Sensação de prurido (comichão), ardor ou vermelhidão, que pode surgir no couro cabeludo bem como na testa, orelhas e zonas de pele próximas;
b) Queda de cabelo.
As tintas LAZARTIGUE não incluem PPD, mas sim um derivado, tolueno-diamina, cujo potencial alergizante é menor.
Óleos Minerais: são substâncias derivadas do petróleo puro, muito utilizadas na indústria de cosméticos devido às proproedades hidratantes e lubrificantes. Como não se dissolvem em água, ou álcool, pode promover levar a acumulação e, por esse motivo, sensibilizar a pele.
Obrigada por ler!
Joana
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